quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Suicidio acto de......

Quando oiço uma notícia sobre alguém que se suicidou fico sempre
chocada e penso que terá acontecido de tão grave para que essa pessoa
não suportasse mais viver. Mas, pensando friamente pergunto-me se afinal
o suicidio é um acto de coragem ou de covardia??

Quantos de nós já pensamos em desistir? Quantos de nós já desejamos acabar com tudo,
sermos nós mesmos a fechar o último capítulo da nossa vida?

Que falta?

Coragem? Medo de deixar quem amamos? Deixar para trás as coisas boas que a vida nos oferece?

Então mas quem é que é fraco? Aquele que tem coragem de decidir o seu fim ou aquele que se
deixa viver, quantas vezes angustiado porque não se sente encaixado?

É daqueles assuntos que me fazem muita confusão até porque já li uma carta de despedida de uma suicida e parece-meu tão em paz, tão bem com a sua decisão.
Mas, como os actos falam quase sempre por si, o suicida será sempre visto como um desistente, um coitado, um covarde...

É assim que deve ser?

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Como é bom andar de autocarro

Hoje andei de transportes públicos e estou felicissima porque após tal experiencia me encontro de perfeita saúde, fisica e mental.

Não me deu nenhum ataque ambientalista ou coisa parecida, apenas fiquei sem a minha linda carrinha que foi lavar a cara para o chapeiro obrigando-me a usar o belo do transporte público.
Confesso que mal dormi durante a noite a pensar nisso, a imaginar um autocarro cheio de gente e impregnado dos mais variados cheiros, que é sem dúvida o mais assustador para mim.
Mal vislumbrei o bicho, comecei a ter suores frios e a tremer de medinho, mas quando ele pára a minha frente, aleluiaaaaa, só trazia duas meninas, cheirava relativamente bem e o motorista não tinha barriga nem unhas sujas e nem sequer tinha a unha do dedo mindinho maior. Respirei fundo e entrei confiante e aliviada. Facto é que a viagem nem dois minutos durou porque moro pertissimo do gabinete, o que me deu uma certa pena porque até me daria gosto continuar a viagem naquele ambiente, fodasss todas as minhas experiencias anteriores foram verdadeiros filmes de terror, do género dar-me vómitos no meio de 500 pessoas atoladas num autocarro.

Se poderia ter feito a viagem a pé???
Até poderia, já o fiz, mas tendo em conta que é atravessar uma estrada nacional super movimentada leva-me a não ter vontade de andar no meio da selva. Bastam alguns metros que sou obrigada a fazer para chegar a paragem para me dar uma amostra do que poderia viver se fosse sempre em frente, a pé.
Ele é gaitas a tocar, ele é um murcão a meter a cabeça de fora do vidro a mandar beijinhos sonoros, ele é povo que não conheço a rir-se para mim e a erguer a mão, ainda bem que com tanto barulho não tenho hipotese de ouvir o que alguns diziam, impressionante como uma gaja qualquer a andar na estrada reboliça o movimento.

Enfim amanhã é outro dia e voltarei aquela paragem para ser cumprimentada por tão simpática gente.

Afinal é bom andar de autocarro, cheguei 20 min mais cedo ao gabinete, coisa milagrosa em mim, fiquei com tempo para tomar o meu café sogadita e sinto-me uma verdadeira cidadã deste país belo e cheiroso, estou ansiosa por repetir.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Uma noite de Sofia

Fazia tempo que Sofia andava a decidir na sua cabeça se deveria ou não ir ter com o João novamente. Já não estava com ele quase à um ano e das duas vezes anteriores tinha sido fantástico.
O secretismo e o pouco convívio entre eles criou uma relação de incertezas e de um enorme tesão e, embora ela fantasiasse com algo mais a certa altura, hoje sabia perfeitamente que nunca passaria de cama.

“Olá João, terça-feira?” Sofia envia a sms e recebe um rápido; “Sim claro!”

Estava ansiosa para estar com ele, para voltar a sentir-lhe o cheiro e a forma louca como ele fodia, tinha um jeito um tanto animal que a punha doida, que a levava a ter orgasmos intensos e infindáveis.

Preparou-se cuidadosamente, depilação minuciosamente feita, cabeleireira, bem maquilhada e perfumada e foi ter com ele, terça-feira como combinado. Com o coração a bater sobe no elevador e retoca os lábios com gloss.

Toca na campainha e lá está ele, depois de tanto tempo pareceu-lhe com uma expressão mais carregada, pareceu-lhe mais velho, beijou-lhe os lábios. Levou-a imediatamente para o quarto impregnado de incenso, deitou-se e puxou-a para si, em segundos despiu-lhe os peitos, sempre teve uma admiração pelos peitos de Sofia, e beijou-os até ouvir os gemidos dela. Já nus ele quase com expressão de desespero possui-a e pergunta-lhe: “posso vir-me dentro?”, ela responde sim e beija-o, saboreando todas aquelas sensações. Mas, 2 minutos depois, sem que ela esperasse, ele vem-se. Ele vem-se 2 minutos depois, sim 2 minutos depois. No final João repousa em cima dela longos minutos e Sofia insatisfeita e até um pouco irritada acaricia-o e pensa como caralho é que um homem daqueles se vem em apenas 2 minutos, e ela? Pois bem, decide aguardar calmamente pela sua vez!

Mais tarde, João presenteia Sofia com um majestoso minete, João tinha esse dom, o de parecer um polvo ao fazer minetes, conseguia tocar em todos os pontos certos ao mesmo tempo, o que resultava sempre num orgasmo explosivo. Sofia excitada explora o tronco de João com a língua acariciando-lhe ao mesmo tempo o piço, é então que se apercebe que o homem está com a pila mole, fica desiludida pois detesta “brochar” pilas moles, ainda assim pacientemente e com toda perícia estimula o piço de João. Começa a sentir o resultado do broche e doida de desejo coloca-se em cima de João e inicia uma dança de prazer. Mas, nem 1 minuto depois, Sofia começa a deixar de sentir o piço, foda-se o gajo estava a ficar outra vez de pila mole, inacreditável, nunca tal lhe tinha acontecido, estava habituada a foder com gajos que nunca falhavam na hora H, alias só costumava ver piços moles no final de um orgasmo, de resto só os conhecia firmes e hirtos. Constrangido João diz-lhe que está cheio de tesão, e pede-lhe que ela o ajude estimulando-o mais. Sofia parte novamente para o broche, mesmo detestando a sensação de marshmalow na boca, algum tempo depois e sem resultado a vista ela começa a ficar impaciente e sem vontade para continuar a lamber e chupar aquele piço completamente mole. Insiste mas a dada altura, desiste.

Depois de algum tempo em silencio Sofia calmamente diz a João que se vai embora, que afinal não passaria o resto da noite com ele, usando a desculpa de ainda ser cedo e que poderia chegar a casa sem sono. Por mais que tentasse ela não conseguiria, nunca teve uma noite de foda tão horrível, estava zangadíssima, sentia-se indesejada apesar dele lhe dizer que estava cheio de tesão, porra, afiinal, será que ela não foi estimulante o suficiente ou será que o homem perdeu qualidades? Vestiu-se, beijou-o e foi-se embora.

No caminho para casa, enquanto conduzia pensou que o João devia estar a sentir-se mal, afinal ela deixou-o mas demorou tanto tempo para decidir ir ter com ele, planeou tanto e depois foi uma merda, valha-lhe ao menos o minete, esse sim, genial.

Serviu para que ela se deixasse de fantasias, nunca mais iria ter com o João, afinal homens como ele também falham, e sendo ele um homem pouco humilde, concerteza serviu-lhe de lição.

Sofia deseja agora que nunca mais lhe apareça um piço mole na vida.
É angustiante pensar que se magoou alguém de quem gostamos, mesmo que tenha sido sem querer.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Ser estúpida é.......

...comprar uma lata de tinta bordeux, linda de morrer, aplicá-la numa parede da sala pelas minha próprias mãos, qual parola com a mania da polivalência, e fazer uma cagada dos diabos!

Valha-me ao menos um biscateiro para corrigir a merda que fiz, coitado quando olhou para a parede até ergueu as mãos a cabeça.

Mania do caralho esta que tenho de que sou capaz de fazer tudo!

De volta mas lesionada

Depois de vários dias sem actualizar este bloguinho, cá estou eu ainda em recuperação visto que tenho andado toda “num canho”, preparadíssima para relatar as minhas trenguices.
Ora e este textinho está a ser escrito no conforto do meu sofá, de cobertor as costas e quentinha como um rojão, ah poisé, e porquê?? Porque finalmente a rapariga decidiu substituir o pc avariado por um fantástico portátil, se eu soubesse como é confortável ter um portátil, porra já á muito o teria comprado.

Estes últimos dias resumem-se tão somente a tentar curar-me durante o dia com longas sestas, leite
com mel e kilos de comprimidos e a estragar o esquema todo com as noites. Admito que pensando bem na coisa, sinto-me a gaja mais fútil e estúpida, merecedora de uma tareia que me deixasse o rabo negro. Epá afinal já sou uma mulher de 28 anos caraças, já devia ter juizinho, putinha que pariu mas é tão dificil recusar um bom convite para café ou outros afazeres.

A única noite que não me arrependo de ter saído foi a de segunda dia de Carnaval porque o melhor Carnaval do mundo é em FAMALICÃO, é a loucura, e mesmo com 40 de febre e sem voz, lá fui eu com 500 pacotes de lenços de papel e mascarada de cirurgiã. Bem, essa noite rebentou-me toda, mas que se fôda, nunca faltei ao carnaval de famalicão, não seria este ano que por causa de uma gripezinha o faria, bahhh.
Cirurgiã sim senhora, repetido e nada original mas foi o mais fácil de se arranjar, é sempre divertidíssimo molhar o povo com as seringas gigantescas e nunca faltam uns bons rabinhos durinhos a oferecerem-se para uma piquinha, malucosss.

E, por estas e por outras prometi a mim mesma que durante 2 semanas consecutivas não saio de casa a noite, só casa e trabalho, trabalho e casa, a excepção do próximo sábado que tenho o jantar de primos organizado por moi, ora e a esse eu não posso faltar não é??? Afinal eu sou a organizadora!! Mas, depois disse, não saio e não saio mesmo!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Preto e Laranja

Hoje decidi que vou pintar uma parede do meu quarto em cor de laranja e uma parede do outro quarto em preto, esta decididissimo apesar de ninguem achar piada a ideia.

A toda a gente que conto fica com cara taralhoca portanto a escolha deve ser assim para o ruim, será que estas cores refletem algo de muito mau na minha personalidade???

Se alguem for entendido nessas merdas é favor deixar aqui o diagnostico, gaja do norte muito fixe que pinta os seus quartos em preto e laranja, qual o seu futuro?

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Constactação

No dia em que faço depilação (completissima claro), quando faço o meu xixizinho lembro-me sempre de dentistas. Quando nos pedem para limpar a boca com agua e ainda temos parte da boca dormente sai agua por todos os lados. Uma canseira, uma canseira!

Fazer amor é fixe fixe

Locutora da rádio parvalheiras cá da zona, para uma ouvinte que ligou para se candidatar a uma lavagem de cabelo:

-"Então e que vai fazer no dia dos namorados?"

- (riso estupido) "Aie inda num seie, mas se num for mainada faço como no domingo. Vamos fazer o amore, fazer o amor é fixe fixe hihihihihihihihi."


Fico parva com tanta parvalheira.








segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Um poema p´ra mim

Apetece-me partilhar um dos vários poemas escrito
para mim por um amigo,
é absorvente a escrita dele, tem poder....

As tuas curvas sinuosas
Me atraem para um abismo profundo,
Nesse teu precipício me afundo,
Deixo-me cair nas tuas garras perigosas;

O que és tu, senão uma hipnose,
Um encantamento, um feitiço,
Uma criatura que eu cobiço,
E que o meu coração descose

As fracas costuras que o mantêm inteiro,
Sob o poder da tua vontade de libertinagem,
O poder que me retém em cativeiro,
E me faz cometer loucuras na linguagem,

Criatura de corpo sedoso, quente,
De forma esbelta deveras atraente,
Criatura sexual, porte imponente,
Provoca em mim este desejo imprudente:

Crimes, falo eu deles, demasiado graves,
Dos quais o facto de todos serem chaves,
Para tentar abrir o teu coração ao meu,
Não vês que quero o teu corpo ao léu?

Não me culpes por tentar ter
Momentos felizes contigo,
Só o facto de te querer,
Me faz ser mais que teu amigo,

Faz-me escravo da tua vontade,
Faz-me querer a tua pessoa,
Faz-me desejar a tua complexidade,
Faz com que o meu coração doa;

Faz sentir falta de alguém assim,
Que além de bonita, sinta algo por mim,
Mesmo que o impossível se repita,
Não quero que fiques aflita,

Desejo-te, mas sei que não te posso ter,
És o máximo, conseguiste me absorver,
Estou à tua mercê, multifacetada mulher,
Usa-me, como usas num doce uma colher!

by: a special friend

Conversa de merda

Hoje enquanto tomava um chã no café, um grupo de murcões inuteis que começam a jogatina de cartas as 8.00 da manhã, conversava, ou melhor quase ladrava:

- "ó cum caralho eu se me deitar as 8 da noite e me levantar ao meio dia do dia seguinte, nunca me levanto para ir a casa de banho..."

- "fodassss eu levanto-me quase de hora em hora e de manhã um home levantar-se e sentar-se na sanita aí uns 10 minutos a cagar, ui num há nada melhor..."

E eu ali toda fodida a ouvir esta conversa de merda, ainda não consegui comer o meu pão, não consigo tirar da minha cabeça a imagem daquele rustico a cagar!

Ca Neura

Hoje só me apetece é ganir, estou pôdre pá! Dormi umas 4 horas (sou tipo recém nascido, preciso de dormir muitas horas), estou tão constipada, que de não conseguir repirar pelo nariz, babo-me toda e crio kg de ranho. Ainda por cima acordei tão tarde que nem banho tomei, sinto-me tão badalhoca, nem sequer tempo tive para disfarçar as olheiras.


É dia de cobranças de Iva e ainda tenho uns quantos clientes por apurar, fodasssssssssssssssssssssssssss....... avizinha-se um dia do piorio. À primeira reclamação de clientes, arranco um olho juro, mas acho que ninguém vai ter coragem de reclamar, mal olhe para as minhas ventas de coelho com morrinha.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Ainda mato a minha mãe de coração

Jantar em casa de mamãe com primos vindos da Alemanha para passar férias.

Tema de conversa: As mulheres e o sexo.

Observação nº1: A minha mãe não gosta de sexo.
Observação nº2: Tadito do meu pai.

Eu: "bla bla bla bla, é bom, é tão bom, bla bla bla, eu adoro, bla bla, não viveria sem bla bla bla..."

Mamãe: (coradissima após constactação) "ó minha filha tu farias isso todos os dias?"

Eu: (descontraídissima) "Claro que sim!"

Mamãe: (cara indiscritível) "A minha filha é uma toira"

Fodassss toira????? ahahahah Ok ok uma gaja que gosta de foder é toira, aceito!
Observação nº 3: Tadito do meu pai.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

A minha Avó Rosa

Hoje sonhei com a minha avó Rosa e por isso estou felicissima. Desde que ela morreu (quase 2 anos), só "consegui" sonhar com ela 3 vezes, e é sempre tão bom e tão real, vejo a carinha dela ao pormenor.

A minha avó Rosa era uma mulher pequenina de pernas arcadas e pele incrivelmente branca, tinha o cabelo branco aos caracois sempre muito bem tratado e usava o relógio do meu avô que parava constantemente, mas que ela insistia em dar-lhe corda, era o relógio do marido.

Lembro-me e tenho saudades;

de acordar em casa dela (foi minha ama), com o ruído da máquina de sulfatar (não sei se se escreve assim)a vinha do meu avô e ouvi-la sempre frenética de um lado para o outro;

da massa de talharim cozinhada no fogão de lenha;

de conversar com ela e ouvir sempre as mesmas histórias do antigamente;

de ser obrigada a ir à missa das 7h30 da manhã para a acompanhar;

de ser obrigada a rezar o terço quando dormia com ela;

de a ver sentada nas escadas a cozer;

de chamar "ó vóoooooo".

A minha avó teve 14 filhos e era uma mãe orgulhosa, alguns anos antes de morrer foi-lhe diagnosticado alzheimer e com o tempo deixou de reconhecer filhos e netos, mas a mim sempre reconheceu e à pergunta costumeira e chata, "quem é esta?, ela respondia; "é a minha neta Marciana, quem havia de ser!", ainda não conhecia a expressão dahhh, senão concerteza que a aplicaria.
Eu adorava as histórias dela, falava-me porque teve tantos filhos, dizia:

"Ora, era 1 atrás do outro enquanto a fábrica deu, nos tempos em que o teu avô esteve em França,sempre que vinha de férias, fazia-me um filho. Ainda andei no padre a aprender como evitar filhos mas ao mesmo tempo o padre dizia que era pecado negar ao marido, omessa ele queria sempre e se eu não podia negar então não me adiantava aprender a evitar".

E sobre os partos:

"Encostava-me na parede de pé e o teu avô aquecia a água e eu amparava o bebé com o avental enquanto o avô cortava o cordão. Davamos-lhe o nome na hora em que lhe viamos a carinha e em cada nascimento, os outros filhos tinham direito a 1 bolacha cada um para festejar".

Sobre o marido:

"O teu avô era muito meu amigo, nunca me bateu, nunca sequer me erguei a mão, tinha-me respeito!"

São infindáveis as histórias dela e eu guardo cada uma no meu coração, histórias que temo vir a esquecer, não quero esquecer.

Na última vez que consegui conversar com ela, já no hospital, estavamos de mãos dadas e ela disse-me baixinho para que ninguém se apercebesse; "eu já tenho esta dor a muito tempo, eu sei que o bichinho me vai matar mas eu já não estou aqui a fazer nada". Fiquei calada, não sabia se devia zangar-me com ela ou simplesmente entendê-la, desde que ficou viúva que dizia que já não fazia falta ao mundo.
Nos últimos dias de vida reconhecia toda a gente, como se de repente a alzheimer desaparecesse, para mim foi um último presente que ela deu a cada um que a visitava, um miminho de mãe e avó.

Tinha 84 anos e uma vida cheia, mas era minha e eu não queria que se fosse embora.

Cada vez que sonho com ela fico tão contente que por uns dias não há nada que me chateie.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Pinarem-se

Domingo a tarde encontrava-me eu na preguiça, deitadinha no sofá de mamãe num daqueles lanches que ela adora fazer aos domingos com primos e tias e o diabo a quatro. Ora e como dizia estava eu na molenguice quando o meu primo Bruno de 8 anos, ligeirinho senta-se a meu lado a jogar daqueles jogos electronicos que eu não sei o nome,e não tirando os olhos da máquina pergunta-me com a maior naturalidade

" Tu pinas? "

Foda-seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

Olhei em volta a ver se alguem tinha ouvido o mesmo que eu mas reparei que estava tudo sereno, portanto ninguém tinha notado nada. Olhei para ele escandalizada e perguntei-lhe: " O que disseste Bruno? " E ele: " Perguntei se tu pinas, no recreio da escola dois amigos meus (casal) deram um beijo na boca e nós gozamos com eles e dissemos; voçês estão a pinarem-se (pinarem-se ahahah) e depois andamos a correr pelo recreio a gritar para todos ouvirem e a menina até começou a chorar e depois outro dia dois amigos rapazes estavam a brincar um com o outro e o y foi para trás do x e começou a fazer de conta que estavam a pinarem-se e depois nós começamos a correr pelo recreio a dizer que eram gays ( gays disse o puto bem dito ) e depois bla bla bla e ontem eu entrei no quarto da minha mãe e ela estava em cima do meu pai e eles disseram que estavam a brincar mas eu sei que estavam a pinarem-se...."(sem virgulas, que o rapaz não faz pontuação a falar)

Ok ok Bruninho ja chega de novidades digo-lhe eu, mas ele insiste: " Tu pinas? "

Alguem me acuda, porra eu nem sequer tenho filhos e aparece-me este caramelo com perguntas dificeis! Mas tinha que dar a volta portanto lancei-me a fera e comecei por explicar que pinarem-se não existe e a palavra pinar era muito feia e tal e que também não existia e que os pais tambem brincam e pardais ao ninho.
Hoje, relembrando a conversa estou convencida que o puto abusou de mim, ele puxava por mim de forma a que eu respondesse as duvidas dele, eu lá respondia a gaguejar sem a minima convicção, tal que estou certa que ele não acreditou em nada do que eu disse e ainda gozou comigo, foda-se na volta fui tema de conversa la na escola; " a minha prima Marciana é tão toina ahahahha nem sabe o que é pinar", canalha estuporada.

Apartir desta passagem de horror fugirei sempre que alguma criança se sentao ou se colocar ao meu lado com cara de indiferença, não me sinto preparada para falar de sexo com crianças, o que não deixa de ser irónico já que é um tema que gosto muito.

Desta conversita aprendi que a palavra pinar tem infindáveis formas de ser dita, eu pino, tu pinas, ele pina, nós pinamos, vós pinais, eles pinam, mas a melhor é sem dúvida PINAREM-SE.

E, porque um dia penso ter uma cria, vou começar a procurar respostas as perguntas mais doidas que podem saír da cabecita de um puto/a de 8 anos.

Que assim seja!

Amén





segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Chegueiiiiii

Ora então cá está a rapariga de volta após pequeno período fora.

Não, não estive doente!

Não, não fiz um retiro sexual!

Não, não fugi da minha parola vilinha!

Não, não casei com um velho pôdre de rico!

Não, não fugi para uma ilha paradisiaca com um gajo pôdre de bom!

A resposta é bem mais simples e menos romantica, o meu gabinete esteve em obras e como tal a rapariga andou em lidas mais pesadas, ui ui e que pesadas, mas como sou uma funcionária polivalente lá me entreguei ao trabalhinho.

Por entre mil coisas giras que me aconteceram aquela que me vem mais depressa a cabeça é a de vos contar que já não sou loira, isso mesmo, deixei-me de loirisses e voltei, após longos anos a ser morena. Ainda não me reconheço bem ao espelho e apanho um susto de cada vez que passo pelo meu reflexo mas, as opiniões têm sido todaaasss favoráveis, portanto como eu sei que a minha maltinha não mente, estou confiante que mudei para melhor.

Confesso que estava cheia de saudades de postar e de ler os comentários dos já meus amigos, isto de blogar dá um vicio do caraças, mas estou prontissima para dar corda aos dedos e ir atirando para aqui umas quantas divagações de extraterrestre.