Lisboa - Capítulo Primeiro.

E porque muitos anseiam o meu relato sobre a viagem que fiz ao estrangeiro, inicío então com o primeiro capítulo: a viagem e o primeiro dia em Lisboa.

Upa para o comboio e para variar a menina fica enjoada de caraças, não há viagem que faça que não me sinta mal por algum motivo, e logo eu que adoro viajar. Lá fomos (eu e uma amiga do peito) sendo entretidas por um grupo de jovens lisboetas com muito bom aspecto, aspecto esse que me vai animando e esforçando a não vomitar em cima para não estragar.

Chegadas a Lisboa e depois de esperar numa fila para apanhar taxi, numa fila para apanhar taxi??? putinha que pariu, na minha vila existem uns 4 taxis, fiquei a saber que Lx tem cerca de 3000 taxis, eu acho que os vi todos!
Foi um instante até estarmos no hotel e aterrar naquele vale delicioso de lençois. Eu aterrei e dormi, a minha amiguinha aterrou e foi dormindo, volta e meia lá acordava com o som do meu nariz a tentar respirar, é que entretanto durante a viagem fiquei constipada e febril, cenas que me acontecem constantemente, resultado de ser fabricada com restos de esperma estragado, sou um vidrinho que parte muito, mas lá vai sendo colado com super cola 3.

Depois de apontar as coordenadas da florença para ir ter com ela lá fui eu metro adentro cheia de coragem, demorei cerca de 35 minutos para chegar ao pé dela, coisa que normalmente demora 10, saloia do caralho, absolutamente vergonhoso para quem até ja andou nos metros de Paris e Roma, enfim. Vim-me embora com doutoramento em andar de metro, ah pois é!
Avisto a gaja e fico com um nervoso miudinho que passa logo que ela abre a boca, era mesmo o que eu esperava, uma miúda fantastica de sorriso contagiante e completamente iluminada. Durante o almoço a Florença faz-me um mapa das linhas do metro, bem a moça sabe aquilo de cor e salteado e faz-me um outro mapa de sitios a visitar na zona do Chiado.
Logo que começo a estudar o meu mapinha, aparece-me um jovem bem parecido a oferecer ajuda. Claro que não precisava de ajuda, lá chegaria, mas já agora, porque não! O Lourenço andou toda a tarde a mostrar-me os sitios apontados no mapa, são ou não são hospitaleiros os lisboetas? A dificuldade foi despedir-me sem ter de dar o meu numero de telemovel, mas nada como um passe de magica para resolver a situação.

Já cansada de tanto andar a pé fui buscar a amiga à formação e bora ao jantarinho, aparece mais um blogueiro, o andré, uma moca o gajo, castiço e muito educado. Fez-nos companhia até a casa da Pati e para lá chegarmos andamos A PÉ mais uns 50 km, que pariu é que se anda a pé em Lisboa, mas adorei andar a pé, pena não
ter levado uns ténis, agora quem paga são os pezinhos que estão todos fodidos. A Pati é um doce, é uma menina grande que tem uma gata que quase deu cabo dos tomates do André, tadito a bicha parecia um torpedo em direção aos quilhos do moço, mas parece que foi só susto.

Ououpa para mais 50 Km de regresso ao hotel e a menina cheia de febre mas lutadora, moi vs febre e constipação.
Adorei este primeiro dia! Começava a gostar de Lisboa!

Lavar dentinhos e rabinho e pimba para a caminha, eu aterro e durmo e a amiga aterra e vai dormindo, coitada, nessa noite o nariz ainda estava pior. Cada pessoa carrega uma cruz, já dizia a minha avó.

To be continued...